Resenha: A Sereia - Kiera Cass


Oi, você acredita em sereias?

Primeiro umas curiosidades: a foto foi tirada na Bahia, na praia do espelho e o livro tem uma carta especial da Kiera pros fãs brasileiros ♥ ele também vem com um marcador na aba de trás, mas você tem que recortar.

Eu estava bem ansiosa pra ler esse livro porque gostei de outros da mesma autora, a leitura fluiu bem na maior parte, além de ter coisas que me deixaram incomodada é uma história gostosa de ler, outro motivo pra ansiosidade era; sereias!
Esse é o primeiro livro que leio sobre o assunto, não estou levando em consideração historinhas que li quando criança kkk. Dá uma olhada na sinopse logo abaixo ;)
Anos atrás, Kahlen foi salva de um naufrágio pela própria Água. Para pagar sua dívida, a garota se tornou uma sereia e, durante cem anos, precisa usar sua voz para atrair as pessoas para se afogarem no mar. Kahlen está decidida a cumprir sua sentença à risca, até que ela conhece Akinli. Lindo, carinhoso e gentil, o garoto é tudo o que Kahlen sempre sonhou. Apesar de não poderem conversar — pois a voz da sereia é fatal —, logo surge uma conexão intensa entre os dois. É contra as regras se apaixonar por um humano, e se a Água descobrir, Kahlen será obrigada a abandonar Akinli para sempre. Mas pela primeira vez em muitos anos de obediência, ela está determinada a seguir seu coração.
No começo do livro Kahlen conta sobre as recordações de antes de ser transformada em sereia, isso aconteceu no ano de 1933 e nesse dia toda a família dela morreu, estavam viajando de navio quando escutaram o canto das sereias e se jogaram no mar, Kahlen também se jogou e no momento do impacto da queda dela na água, ela acabou saindo daquele estado de transe e se desesperou pra continuar viva, foi então que a Água escutou. Água com "a" maiúsculo, ela é personificada, fala, pensa, sente, ama... Toda a água em qualquer lugar, chuva, neve, até uma poça, tudo isso é esse mesmo ser. Um trecho em que Kahlen fala sobre a Água:
Eu A amava tanto. Ela era a minha casa, o lugar onde podíamos nos esconder quando guerras estouravam ou quando qualquer um nos olhava com desconfiança. Ela era vida, nossa provedora, a provedora de todos. Mas agora não podia evitar o ressentimento. Ela também era a fonte de toda a minha culpa, de todos os meus sonhos frustrados. pág. 83
Kahlen vivia com mais duas sereias que eram suas irmãs, todas as sereias eram irmãs e a Água era a mãe de todas, uma família, no mínimo existiam 2 sereias por vez e no máximo umas 5, a Água mantinha esse número pra que sempre tivessem pelo menos 1 irmã, elas não viviam na água, mas moravam perto dela e em lugares que costumavam ser mais afastados pra que não fossem vistas sempre que quisessem/precisassem entrar na água, era de extrema importância manter isso em segredo.

De tempos em tempos as sereias precisavam se juntar pra cantar e assim causavam a morte de várias pessoas pra alimentar a Água. Tem uns detalhes que preciso dizer sobre elas, elas não envelhecem (como esperado), não precisam comer nem dormir e não se machucam, ah, elas não tem cauda! Como assim? Sereias sem cauda? Fiquei inconformada... em vez de cauda, quando elas entram no mar o que aparece nelas é um belo vestido feito de sal, okay, ah, elas não podem falar com os humanos, a voz delas é apenas pra cantar, pra todos os efeitos são belas garotas mudas.

Durante 80 anos Kahlen serviu obedientemente a Água, mas ela sofre pelas mortes que causa e é perturbada com pesadelos desses momentos (falei que ela não precisava dormir, mas ela pode dormir se quiser, assim como comer, mas não é uma necessidade), as outras sereias também sofrem com isso, mas pra ela é pior, as outras tem maneiras de se distrair, Kahlen tenta amenizar essa situação de uma maneira bem questionável, ela faz pesquisas sobre as pessoas que morreram nos naufrágios provocados por elas e acha que se juntar mais informações sobre a vida dessas pessoas, as lembranças das mortes ficariam de alguma maneira menores, mas ela sempre sofre igual, depois desses 80 anos que ela vem perceber isso e então decide sair junto com as irmãs pra descobrir se o modo de distração delas funciona melhor que isso, mas não dá certo, Kahlen faz mais o tipo emo-gótica-depressiva hahaha.

Lá no começo do post, na sinopse, Akinli é citado, ainda lembram dele? É o garoto por quem Kahlen se apaixona e faz toda a vida monótona dela mudar, Kahlen decide passear pelo campus de uma universidade próxima a casa dela pra clarear as ideias e ficar observando as pessoas, em um desses passeios ela acaba conhecendo Akinli, ele é um estudante de lá, demorei tanto pra falar dele porque o romance não é grande coisa no livro, a maior parte de tudo é a tristeza dela sobre muitas coisas, ela o encontra poucas vezes e eles já tem uma coisa super mágica (mas ok já que a sinopse diz que o romance acontece meio que "do nada"), Akinli é o garoto perfeito que "entende" e aceita tudo, mesmo que na verdade ele não entenda nada, ele sabe que tem algo diferente sobre ela, mas ele não sabe o que é e nem insiste pra saber, isso de "mal te conheço e já te amo" me incomodou bastante, esquecendo esse ponto, quando eles estão juntos é tudo muito fofo, algo "conto de fadas", é uma casal bem amorzinho e ele é o tipo de garoto dos sonhos, eu gostei das partes em que eles estavam juntos e queria mais, só que isso não foi explorado, o romance é tratado de maneira bem superficial mesmo eles tendo sentimentos tão fortes.

Antes de finalizar tenho algo mais pra acrescentar sobre a relação da Água e as sereias, elas todas se amam como família, no começo da história mais uma sereia se junta a elas e é recebida da melhor maneira possível, entre as sereias as coisas são assim, agora falando sobre a Água, como eu já disse ela é tipo a mãe de todas, mas o que causa alguns conflitos é que mesmo a água sendo personificada, ela não é uma pessoa e não entende realmente como se dão as relações entre os humanos, então às vezes ela age de maneira que uma mãe amorosa não agiria, isso não é um problema, só uma observação.

No geral eu gostei do livro, mas eu tinha que falar também sobre as coisas que me incomodaram, esse momento do aparecimento de Akinli na vida da Kahlen é a grande reviravolta, ela leva uma vida sem graça e sem perspectiva até que ele aparece, acho que isso e as atitudes dela depois deveriam ter sido mais grandiosas, a sinopse faz alguma promessa de grande coisa por vir, mas não acontece, Kalhen vai sendo levada pelas circunstancias, um nome melhor pro livro seria "A Água", ela é bem mais importante.

Momento fofo pra balancear as coisas:


Se você não estiver esperando muita coisa e gostar de romance "conto de fadas", deve gostar desse livro. Apesar dos pontos que me desagradaram é um bom livro, acho que tudo depende das suas expectativas, você já leu ou tem interesse? Se leu, o que achou?

Classificação: ★★★

2 comentários:

  1. Olá, Vih! Já vi algumas blogueiras falando desse livro - e de outros da Kiera - e minha curiosidade pra ler algo da autora só aumenta. Apesar do título, não sabia que a história era sobre uma sereia, de fato. A descrição me lembrou vagamente A Pequena Sereia, principalmente por ela se apaixonar por um humano. Me pareceu bem interessante e levinho, do jeito que eu gosto.
    Um beijo!
    Fê Cardoso
    Baseado em Livros

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    1. Olá, eu gostei muito dos livros de A Seleção e pensava que não ia gostar, daí esse eu pensei que gostaria muito e gostei menos kkkk O livro é sim bem levinho, gosto de como a Kiera escreve, imagino que você vá gostar desse ♥ Beijo.

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